Bandas de transmissão são determinadas faixas de frequência que são utilizadas nos satélites para transmissão de sinais de TV. Atualmente, as bandas mais comuns são:
- Banda C: 3.7 a 4.2 Ghz (Deve-se usar antenas grandes, teladas ou fechadas)
- Banda Ku: 10.7 a 12Ghz (Deve-se usar antenas fechadas e podem ser pequenas)
Para captar cada Banda, deve-se utilizar um lnbf apropriado.
O satélite Amazonas 2, lançado recentemente, irá utilizar a Banda L, bastante incomum e que exigirá um novo decodificador compatível com esta banda.
Atualmente, a maioria dos canais digitais abertos (FTA) estão em Banda C, mas está havendo uma migração para a Banda Ku em função do menor custo das antenas receptoras, que podem ser a partir de 45 cm de diâmetro. Isto ajudará na popularização deste sistema de transmissão de sinais de tv por satélite.
Como curiosidade, existe um único satélite no mundo (StarOne C2) que ainda transmite em Banda C analógico. Ele é exclusivo para o mercado Brasileiro.
Vida útil
O consumo combustível para posicionamento e correção de rota é o principal responsável pela redução do tempo de vida útil do satélite. Os primeiros tinham tempo de vida em torno de 6 anos. As gerações seguintes, utilizando combustíveis elaborados por novas tecnologias e componentes eletrônicos tecnologicamente mais avançados, com menor consumo de energia, permitiu aos novos satélites uma vida em torno de 15 anos.
Quando um satélite está próximo à sua desativação, outro é lançado e posicionado praticamente ao lado do que será desativado, obedecendo-se a distância de segurança entre eles. O novo, tendo sido alinhado e liberado, passa a receber as operações do satélite velho, que é então desativado e retirado da órbita do cinturão de Clark. Após isto, é desligado e fica vagando, como lixo espacial.
Um risco é a colisão com um satélite ativo, que pode provocar um caos na comunicação. Outro risco é o satélite desativado cair e, pelo tamanho, não ser completamente desintegrado na reentrada na atmosfera, atingindo algum local habitado.
Acidentes onde satélites desativados colidiram com outros, já ocorreram, dando grande trabalho de recuperação para os profissionais da área.
Por isso a NASA desenvolveu o ônibus espacial. Esta nave tem a capacidade de levar dois satélites em seu compartimento de carga, deslocar-se até os 36 mil quilômetros, retirá-los com o braço mecânico e posicioná-los praticamente no local em que cada um vai ficar. Só então são acionados e a equipe em terra passa a ter o controle sobre eles via rádio e iniciam-se os procedimentos de ativação das comunicações.
Em seguida os astronautas recolhem o satélite desativado colocando-o no compartimento de carga e retornam à Terra com segurança trazendo o que poderia se transformar em lixo espacial.